A vida e o legado de uma artista única: DALIDA.

domingo, 29 de maio de 2011

1976: Uma nova DALIDA (última parte)

O ano de 1976 significou uma reinvenção de carreira para Dalida; o lançamento que é considerado o primeiro single de disco music francês, "J’Attendrai". Na mesma época, a popularidade dos shows de variedades era febre na mídia, e Dalida fez inúmeras apresentações de TV nessa época, não só na França mas em toda Europa. Em 1978, gravou "Salma Ya Salama", composição francesa com inspiração árabe, que originalmente fora gravada em francês, e dado a seu grande sucesso foi versionada para o árabe, italiano e alemão.
Essa e outras canções em árabe gravadas por Dalida (como "Helwa Ya Baladi", e "Ahsan Nas") se tornaram extremamente populares no Egito, fazendo de Dalida a única cantora a quebrar a barreira entre a Música Árabe e a Música Ocidental. Sua amiga, a cantora libanesa FAIROUZ foi outra grande artista a cruzar as fronteiras musicais, mas no lado oposto, do Oriente para o Ocidente, com seu imenso sucesso em toda Europa, América do Norte e do Sul e Austrália.
O sucesso de "Salma Ya Salama" foi seguido pelo primeiro single francês de medleys, "Génération ‘78", em estilo disco, trazendo alguns de seus maiores sucessos. Esse também se tornou o primeiro single francês a ser acompanhado de um videoclip. Em Novembro daquele ano, Dalida apresentou um musical Broadway no Carnegie Hall de Nova York, com coreografia de Lester Wilson, quem criou as coreografias de John Travolta no ano anterior para o filme Saturday Night Fever. Dois anos depois, acompanhando o sucesso de "Laissez-Moi Danser" no Verão de 1979.

Videoclip de J'ATTENDRAI:



1980 foi um ótimo ano para a carreira de Dalida: ela muda o cabelo, o corpo e apresentou seus novos sucessos, Dalida dá um toque de "Broadway" em Paris. Ela se lança no maior espetáculo de sua carreira, em Janeiro de 1980 no Palais des Sports em Paris, com extravagantes e luxuosos figurinos para suas novas músicas dançantes. Como se fosse uma nova Dalida, ela usava vestidos suntuosos, corpetes com meia calça e aparecia seminua nos palcos, cheia de lantejoulas e brilhos dourados, dançando e cantando como nunca, como uma Deusa com seus 47 anos. Uma mulher sensual, elegante, linda que encantava a todos com seu brilho, exaltando as belezas de seu corpo. Mas apesar de toda a sua glória, seu vida pessoal afundara de vez.
Em 1981, Dalida se separa de Richard que era apresentado como tendo problemas mentais, ele era alquimista e dizia ter poderes paranormais como ressuscitar animais mortos, transformar metal comum em ouro, como também dizia também ser a reencarnação do misterioso Conde de St. Germain que viveu no século XVIII. Richard acabou se suicidando em 1983.

 O ano de 1981 ficou marcado com o lançamento de "Rio do Brasil". Neste ano também Dalida se apresentou no Olympia, repetindo o espetáculo do Palais des Sports no ano anterior. Na noite de sua primeira apresentação no Olympia ela se tornou a primeira cantora do mundo a ser premiada com um Disco de Diamante (ao lado), em reconhecimento de suas magníficas vendagens que até aquele ponto da carreira passavam os 86 milhões de discos.
Dalida passou grande parte de 1982 e 1984 em turnê, lançando o álbum "Les P'tits Mots" em 1983 que trazia grandes hits como "Lucas", "Femme", uma versão francesa de "Smile" de Charles Chaplin, e "Mourir Sur Scène". O álbum "Dali" foi lançado em 1984, e foi acompanhado do lançamento de diversos singles, incluindo "Soleil", "Pour Te Dire Je T’Aime", versão francesa para “I Just Called To Say I Love You" de Stevie Wonder, e "Kalimba de Luna", originalmente gravada por Tony Esposito. Todos estes três apresentaram moderados números de sucesso, e seu próximo álbum, em 1986, "Le Visage de L’Amour", seria seu último álbum de canções totalmente inéditas (Com exceção da última canção, sendo esta "Mourir Sur Scène").

A Clássica MOURIR SUR SCÈNE: 



Dalida foi submetida a duas intervenções oftalmológicas em 1985, a obrigando a dar um intervalo em sua carreira, mas isso não a impediu de gravar mais dois grandes sucessos naquele ano: "Reviens-moi" e "Le temps d'aimer".
Ainda em 1985 ela começa um romance com seu médico François Naudy, mas o romance não era satisfatório, ele era um homem frio e ausente, o que fazia Dalida sofrer, mas eles ainda ficaram juntos durante dois anos.
Em 1986, ela faria o papel de uma jovem avó no filme de Youssef Chahine "Le Sixième Jour", cuja participação teve positiva repercussão por parte da crítica. Ainda em 1986, ela ainda gravaria mais alguns sucessos como "Parce que je ne t'aime plus", "Les hommes de ma vie", uma nova versão de "La danse de Zorba" e uma canção sobre o seu filme "Le sixiéme jour", esta que viria a ser a última canção gravada de sua vida.
No ano seguinte, 1987, Dalida diminuiu o ritmo acelerado da sua carreira; foram poucas as vezes em que apareceu na TV. O relacionamento com François Naudy era algo angústiante, Dalida sentia um grande vazio na alma; mesmo assim, fez algumas aparições públicas, na premiação do César em março, uma visita ao seu Fã-Clube em 5 de abril e sua última apresentação, na Turquia, aonde ela cantou para o presidente do país, no final de abril de 1987.

Sucesso do Verão de 1979, 
LAISSEZ-MOI DANSER (Monday, Tuesday)



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